Realmente acredito que essa onda de "Lei da Atração", de "O Segredo", de "O Universo conspira a seu favor", enfim tudo, não passa de picaretagem pura.
Claro, todos sabem, que se a coisa toda, trabalho,família, faculdade, hobby, amizades, se tudo não for feito com todo o tesão do mundo, não dá certo. Isso é fato. Agora publicar essa idéia como algo revolucionário, com uma capa bem bacaninha, um texto de fácil assimilação, chamar de "Segredo (???)" e vender horrores, realmente é brilhante. Brilhante e picareta.
Mas, nesse fim de semana, minha (falta de) fé balançou. Em total reclusão por conta de uma crise depressiva (fazia tempo que eu andava para cima, eufórico, por assim dizer) resolvi assistir a uns filmes que tenho guardado a espera de tempo para vê-los, até para levantar o astral.
O primeiro da lista é A Single Man (ou O Direito de Amar em português), elogiadíssimo primeiro filme de Tom Ford. Sim, o filme é bonitinho, bem-feito, fofo até. Mas antes dos cinco minutos finais.
É, basicamente, o dia de um cara que não se conforma com a morte de seu companheiro e passa o tempo todo planejando seu suicídio. E quando eu penso que as coisas vão endireitar, que há um fiapo de esperança, acontece que...bem, é só assistir o filme e se decepcionar também.
O segundo é mais antigo, Deuses e Montros, que conta a história de um velho diretor de cinema que se apaixona pelo jardineiro. O jardineiro é rude, mas o tiozinho aos poucos vai o sensibilizando. E quando eu penso que as coisas vão endireitar, que há um fiapo de esperança, acontece que...bem, é só assistir o filme e se decepcionar também.
OQUEQUEACONTECENACABEÇADESSASBICHAS?
Porque, para ser bom, um filme precisa ter dor e morte no final? A vida real já não é triste o suficiente? Porque ser "cult" é ser deprimente?
Como disse antes, quase acreditei na Lei da Atração, pois o resultado da sessão de cinema desastrosa foi uma mini-overdose (4 valiuns, 4 donareins e 4 topiramato) que me fez dormir por 21 horas seguidas e passar mais 13 em estado de torpor total.
Não preciso daquela coisa açucarada do começo do post. Mas, com certeza, não preciso dessa merda "cabeça" a me empurrar mais para baixo.
Trilha sonora do post: The Magic Numbers, que não é muito alegre, mas é fofinho (e um pouco louco, para combinar com meu findi).
