Vou ao cinema por pura diversão. Gosto de me entreter, de passar duas horinhas longe da realidade, gosto de filmes pipoca, filmes de verão. Apesar de não ser muito fã de "filmes-cabeça" alguns filmes conseguiram ultrapassar o limite que separa o entretenimento e a reflexão. Matrix foi o primeiro que mexeu comigo, me fez pensar e me encantou, visualmente falando. Mais exemplos são Réquiem para um Sonho, Cidade de Deus, Meninos não Choram, Wall-E, e, entre outros, Tropa de Elite.

No primeiro, a mensagem era clara: os usuários de drogas, de classe média, são os grandes responsáveis pela violência do tráfico no Rio de Janeiro. E essa violência só é detida com mais violência.
Agora o filme mira para cima, e prega que nem todas as balas do mundo mudam um local se há interesses políticos (votos + grana) envolvidos.


Novos bordões estão lá, prontos para cairem na boca do povo, como o que intitula o post.
E o uso de helicópteros, iates e carros blindados mostra que o primeiro flime faturou alto e dá uma cara de cinemão americano à produção. Para algumas pessoas isso é ruim, mas, ao final do filme, todos que estavam no cinema lotado aplaudiram o filme exaustivamente.
Enfim, valeu cada um dos muitos reais gastos no ingresso.
Trilha sonora do post: a música mais óbvia que me vem à cabeça não é aquela do Tihuana, nem o Rap das Armas, mas sim o bom Planet Hemp. Quem assistir ao filme vai concordar...
P. S.(1): Quando vejo filmes nacionais no cinema, são tantos logotipos de patrocínios e incentivos culturais que, me dá a sensação de que deveriam me devolver o dinheiro do ingresso. Sem falar nos comerciais antes das sessões.
P. S.(2): Ainda bem que tiveram o bom senso de não colocar no filme o supra citado Rap das Armas. Ninguém aguenta mais o tal PARRÁ-PA-PA-PA-PA-PA-PA-PA-PÁ!
P. S.(3): Na última vez que vi uma centena de pessoas vibrando e aplaudindo ao ouvirem palavras de ordem contra o "SISTEMA" foi num show do Ratos de Porão, 12 anos atrás. Mas eram todos adolescentes pseudo-punks, e não senhores e senhoras endinheirados de meia-idade. Estranho.