De saco cheio com a terapia, drogas que não surtem efeitos (positivos) e pessoas que dizem "você tem que se ajudar!", resolvi registrar os altos e baixos da minha mente doentia para ver o que acontece. Identifica-se? Concorda? Acha frescura? Comente.

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Só porque você é paranóico, não significa que eles não estão atrás de você.

     Ando puto com os rumos que a campanha eleitoral tem tomado. Dilma, maior esperança para um estado laico, está prestes a divulgar um compromisso com evangélicos, de que não mexerá com os princípios morais dos brasileiros. Ah, tá. Então o suicídio de jovens gays pressionados por pais religiosos agora é "princípio moral".
     Essa estratégia petista me parece um tiro no pé. Lideranças gays já estão chiando (deveriam ter se manifestado quando começou essa onda, de demonizar os homossexuais e o aborto), e é bem provável que ela não arrebanhe os votos dos evangélicos e ainda perca votos dos militantes.
     Não que eu ache Dilma "maravilha", apenas considero que, com maioria no governo, dessa vez sera mais fácil aprovar projetos como o de união civil ou criminalização da homofobia, ambos propostos pelo PT.    
    Tenho medo de militantes radicais. Tenho medo de evangélicos. E fico verdadeiramente apavorado com militantes radicais evangélicos. Sim, sou meio paranóico. Mas como diz a música do Nirvana, no título, nem por isso meu medo não é real. A Bíblia ensina crueldade a seus leitores e incita o ódio a todos que pensam diferente dos fiéis, mesmo que sejam familiares. Confira aqui o que diz a Escritura sobre o que acontece quando desprezamos alguém da nossa família que pensa diferente.
    Devido a textos assim, fui expulso de casa quando meus pais descobriram minha condição sexual. Se esses pastores cretinos convenceram meus pais que,  , eu não mereço carinho e consideração (06 anos e muito dinheiro depois a ideia dos meus pais a meu respeito é a mesma), o que esperar quando esses caras chegarem ao poder?
      Não sou um militante LGBT (até acho cafona esse rótulo), apenas não quero mais ser julgado (e condenado) pelo sexo da pessoa que vive comigo.
      

 Trilha sonora do post: Rita Lee e seu veredito "Tudo Vira Bosta" me convence, com ironia e sarcasmo, de que não importa quem ganhe a eleição, as minorias  já perderam.


Não é a música citada (Territorial Pissings), mas aí está uma do Nirvana, Heart Shaped Box, que expressa todo meu sentimento em relação à religiosidade excessiva: